Teoria de maslow
É a partir desta pesquisa que se muda a concepção do ato de alfabetizar ao demonstrar que a criança constrói o processo da lecto-escrita, conhecimento que a criança tem sobre a leitura e a escrita, seguindo o caminho próprio e determinado (MERCADO, 2000, s.p.).
FERREIRO e TEBEROSKY (1985) baseiam-se em três grandes princípios:
1º princípio: é o da aprendizagem pelo pensamento;
2º princípio: é o do ensino associado à pesquisa;
3º princípio: é o reconhecimento da importância dos valores vigentes na sociedade ou na escola para o encaminhamento de um processo educacional.
A fundamentação teórica que norteia a pesquisa sobre a aquisição da língua escrita, desenvolvida por FERREIRO e TEBEROSKY (1985) tem como pressuposto teórico os estudos de Jean Piaget, assumindo como métodos de exploração o método clínico, próprio da pesquisa psicogenética. Neste método o pesquisador tem acesso como a criança está pensando através de uma conversa com esta, sendo as perguntas elaboradas a partir das respostas das crianças.
A primeira grande diferença entre a teoria de Piaget e as tradicionais, como já foi visto, este sujeito é passivo frente ao conhecimento e espera alguém que possui um conhecimento para transmitir-lhe. Enquanto que o sujeito da teoria piagetiana é um ser ativo que pensa sobre o objeto de conhecimento da língua escrita, num processo interativo, social e escolar. Ele busca compreender o mundo ao redor, incorporando os elementos que pertencem ao meio e os interpretando de acordo com seus esquemas assimilativos, sendo então construídos a partir das hipóteses (MERCADO, 2000, s.p.).
O processo de aprendizagem dependerá destes esquemas assimilativos, que são transformados a partir das características observáveis dos objetos de conhecimento, sendo acomodados aos estímulos interpretados na interação com as propriedades do objeto. Este processo denomina-se auto-equilibração; caracterizando-se por uma constante reestruturação