Teoria de frank bird
G. Arra
Quando falamos em segurança do trabalho e saúde ocupacional, falamos da exposição de pessoas a probabilidade de acidentarem-se, portanto o acidente do trabalho é inerente a atividade laboral. Isso não quer dizer que devemos aceitar o acidente do trabalho como uma ocorrência normal no dia-a-dia das empresas; pelo contrário, devemos, sim, considerá-lo anormal, pois todas as possibilidades de um trabalhador acidentar-se devem ser estudadas/analisadas para que medidas efetivas que evitem esse tipo de ocorrência sejam adotadas.
Ao longo da história a Segurança do Trabalho e a Saúde ocupacional foram objeto de estudos buscando sempre encontrar as causas das ocorrências e buscar medidas efetivas de prevenção.
Registros sobre estudos direcionados a Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional remontam ao ano de
1556, quando o estudioso Geof Bauer publicou o livro “De Re Metalica”, que discute os aspectos de
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional relacionados com a extração de minerais na Alemanha. Ele destaca que devido ao índice de acidentes fatais e de doenças ocupacionais que levavam a morte os trabalhadores em algumas regiões, as mulheres chegavam a casar-se 7 vezes, dada a precocidade da morte dos maridos 11 anos mais tarde.
Em 1700 o médico Bernardino Ramazzini (considerado o pai da Medicina Ocupacional) publicou o livro
“De Morbis Artificum Diatriba”, onde ele descreve cerca de 100 profissões diferentes e os riscos específicos de cada uma delas. Essa relação é a precursora da lista atual de doenças ocupacionais reconhecidas pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e adotada por muitos Países, inclusive o
Brasil.
Durante o período da revolução industrial na Europa, que ocorreu de 1763 a 1815, inicialmente na
Inglaterra e posteriormente na Alemanha, França e demais países; houve a intensificação do estudo dos acidentes do trabalho, pois esses países produziam legiões de