Teoria das estrutura
A construção civil se difere dos outros setores industriais por possuir características próprias, sendo que uma das principais é a pouca importância das máquinas e tecnologias para a obtenção da qualidade do produto, dependendo esta, quase que exclusivamente, da mão-de-obra utilizada.
A grande dependência que a construção civil tem da mão-de-obra utilizada deveria contribuir para que este fosse um setor desenvolvido no aspecto de segurança no trabalho porém o que se nota é que este continua sendo um dos setores industrias com maior percentual de acidentes.
A revista CIPA de fevereiro de 1997 divulgou uma ampla pesquisa sobre os acidentes no trabalho nas principais atividades econômicas. Esta pesquisa foi realizada pela
Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho e teve como fonte de dados os benefícios pagos por mortes e invalidez resultantes dos acidentes no trabalho, fornecidos pelo
Ministério da Previdência e Assistência Social e pelo Instituto Nacional de Seguro Social
(INSS).
Segundo a pesquisa, no ano de 1995, ocorreram 437 acidentes fatais na construção civil, o que significa que de 100.000 operários, 44 morreram. Os casos de invalidez permanente, foram de 452, isto é, 46 funcionários em 100.000. Os acidentes que causaram incapacidade parcial permanente foram de 697, o que da um coeficiente de 71 para
100.000. Isto significa que o ramo da construção civil encontra-se em segundo lugar nos casos de acidentes fatais e invalidez permanente e, em quarto lugar nos casos de incapacidade parcial permanente.
Os números de acidentes na construção civil são alarmantes e, a legislação não contribui muito para reduzi-los. A Norma Regulamentadora Número Cinco (NR5), que trata especificamente da construção civil, prevê obrigações mínimas em termos de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e exige que as empresas com mais de 100 empregados possuam uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).