Teoria da Historia
Para começar, nada melhor do que citar Cícero, orador e político Romano, do século I a.C. Disse Cícero em latim –Historia Magistra Vitae – História mestra da vida, insinuando que deveríamos estudar a história para aprender com os exemplos do passado para assim melhor nos comportarmos no presente. Vinte e um séculos depois suas palavras simples continuam atuais e relevantes, é fundamental que sempre se leve em conta as experiências do passado a fim de construir um futuro melhor. Em 1981 a micro-história da seus primeiros passos através das vozes de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi, mas essa nova forma de se fazer história não surge de repente, ela é sim uma resposta à uma cadeia de problemas, que de acordo com Jaques Revel se resumem a dois grandes blocos. Nas palavras do professor:
“ o primeiro é a deterioração, e até a decadência, dos grandes modelos teóricos que por longo tempo pareceram garantir a possibilidade de uma inteligência global do mundo sócio-histórico no interior de um quadro analítico e explicativo comum.”
(Revel, página 97)
Nenhum desses modelos explicativos se salvou. Por alguma razão, começou a se perceber a fragilidade desse tipo de analise, onde os especialistas acabavam por encaixar seus estudos nas regras estabelecidas pelos paradigmas englobantes. Marxismo, Positivismo ou Estruturalismo podem até fazer sentido dentro de certo contexto, e em um determinado tempo, mas querer que o mundo se enquadre em “arquiteturas funcionalistas integradoras” é tentar reduzir a complexidade do seu objeto de analise, ou pior, desmerecer essa complexidade a ponto de querer explica-la a partir de experiências de outrem.
O período posterior ao abandono dos modelos explicativos foi intitulado por