Teoria Da Arquitetura IMPRIMIR
Acadêmica: Renata Vicentin da Silva
ANALOGIAS
De acordo com a análise das imagens da obra de Le Corbusier e de Karl Friederich Schinkel o conceito arquitetônico que se tem em prédios como a sede do Parlamento em Chandigarh, comparando-se sua planta com a do Museu Altes, em Berlim, projetado em 1823, por Karl Friederich Schinkel, nota-se uma relação tipológica entre as duas, pois ambos apresentam a mesma sequência básica, que começa no pórtico de entrada e prossegue por um caminho até um espaço central coberto por uma cúpula. Outra semelhança é a disposição de atividades secundárias nos arredores dos dois edifícios. Ainda na planta, o vasto número de colunas existentes no interior do Parlamento faz lembrar certas salas cujo teto é sustentado por colunas encontradas nos templos egípcios. Vistas dos dois projetos mostram que o mesmo esquema, ou seja, uma cúpula sobre um volume primário, se faz presente em ambos, embora tratado de maneira diferente. A relação entre os dois projetos se dá a nível conceitual, e em nenhuma parte isso é mais evidente do que nos pórticos existentes nas fachadas principais dos dois edifícios. Enquanto o pórtico do museu é clássico, o de Le Corbusier faz muitas coisas ao mesmo tempo: cria uma ordem quase clássica, pela disposição e proporção dos suportes verticais, mas formalmente difere totalmente da solução empregada por Schinkel, a parte superior do pórtico, que ocupa o lugar entre o topo das colunas e o teto é clássica, dá sombra ao pórtico e resolve o problema do escoamento das águas da chuva, funcionando como uma calha gigantesca, ao criar uma área de sombra à entrada do edifício, o pórtico se apresenta como uma continuação da tradição indiana, segundo a qual os excessos do clima local são controlados por meio de varandas.