Teoria Crítica - Honestidade dos Materiais

TEORIA CRÍTICA DA ARQUITETURA
HONESTIDADE DOS MATERIAIS E ESTRUTURAS (1)
*ARQUITETURA = espaço + tectônica
Tectônica: a parte material de uma edificação, com massas, peso específico, cor, etc.
Composta por estruturas e vedação.
Estrutura: as partes de um edifício que o sustentam (pilares, vigas). O “esqueleto” do edifício.
Vedação: partes de um edifício que separam interior do exterior ou os cômodos entre si. Os
“órgãos” e a “pele” de um edifício.
Estrutura/concreto
Vedação: placas e caixilharia
A vedação pode ser retirada, sem que o edifício seja comprometido. Porém, qualquer abalo na estrutura comprometerá o edifício como um todo.
*Honestidade dos materiais = situação em que os materiais construtivos que formam a tectônica de um edifício são explicitados, e não disfarçados sob ornamentos.
Honestidade estrutural = situação em que o projeto arquitetônico permite compreender quais são os esforços que o sustentam.
A noção de “desonestidade” parece invocar uma reprovação moral. A desonestidade, nesse caso, refere-se a fingimento, farsa ou a adereços desnecessários. Exemplos: uma superfície de madeira pintada como se fosse mármore; muros de pedras pintadas (como se a pedra necessitasse de proteção contra sol ou microorganismos).
A construção “honesta” é aquela que se mostra tal como foi construída, sem fingir ser outra coisa ou sem acréscimos desnecessários.
Estrutura dos pavimentos intermediários
Vedação: Vidor, ao fundo
*Clube Curitibano – Essa cobertura é um caso modelar de honestidade estrutural. As ondulações de cobertura demonstram uma equação estrutural, já que superfícies permitem um aumento de resistência sem a necessidade de aumento da quantidade de material empregado. * O mesmo ocorre na Catedral de Brasília, de Oscar Niemeyer. Cada um dos pilares inclinados da cobertura parece demonstrar os esforços que os atravessam. Todos estão mutuamente apoiadas e no ponto de encontro ocorre ampliação da secção de cada um deles, pois este é