caso de ensino de Marketing social
PDF Imprimir E-mail
José Coelho Sobrinho - Observatório do Direito à Comunicação
12.03.2008
Os alunos de uma disciplina do programa de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes entrevistaram, em 1997, o jornalista Fernando Salgado, que na época era o responsável pelo jornal “O Metalúrgico” do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Os pós-graduandos ficaram surpresos com a honestidade e veemência do editor do mencionado periódico sindical. Ele classificou a sua atividade como marketing ideológico e não como jornalismo, porque só lhe interessava o lado dos trabalhadores.
Essa lembrança vem a propósito da matéria de Henrique Costa, publicada no sitio do Observatório do Direito à Comunicação, Presença de empresas de mídia no curso de jornalismo da USP gera reação dos alunos. Os desdobramentos que podem ser extraídos do conteúdo e da edição dessa matéria são tão ricos quanto a posição clara e ética de Fernando Salgado e de sua obra sindical, apesar da oposição de comportamento dos dois profissionais.
Pela abertura do citado comentário, termo que aqui se usa na acepção dos estudos de gênero de Manuel Chaparro, é possível verificar que a pauta da referida matéria não foi pesquisada e que havia uma clara intenção de demonizar a “parceria” que foi explorada no texto. Uma das acusações que consta da costura dos argumentos é que as mídias alternativas não estão presentes na estrutura do curso de Jornalismo da ECA. Para demonstrar que não houve cuidado em contextualizar o tema, é preciso citar, como exemplo de que esse tipo de afirmação não é sustentável, a entrevista com o próprio Salgado. Ela faz parte do livro “Edição no Jornalismo Impresso” (Edicon/ECA-USP/NJC, 1998).
Faltou, também, constar da matéria as tentativas feita pelo Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA, nos últimos cinco anos, para reativar discussões importantes para a formação dos jornalistas, que teve em seu