Teologico
APÓCRIFOS
Introdução
Na Constituição Dogmática sobre Revelação
Divina, o Concílio Vaticano II, no capítulo sobre
Escritura Sagrada na Vida da Igreja, declarou que "Ela (a igreja) sempre considerou as
Escrituras junto com a tradição sagrada como a regra suprema de fé, e sempre as considerará assim"
Da declaração anterior, nós, os cristãos evangélicos, rejeitamos, desde logo, a tradição sagrada como regra de fé. Ficamos, pois, em terreno comum com os católicos romanos no que diz respeito às Escrituras. No entanto, nisto também existe uma diferença de suma importância. Isto tem relação com os livros do cânon do Velho Testamento. No livro Consultas dei Clero, parágrafo 207, se transcreve assim o decreto emitido pelo
Concilio de Trento sobre as Sagradas Escrituras:
"Se alguém não receber como sagrados e canônicos estes livros inteiros, com todas as suas partes, tal como se encontram na Antiga Versão Vulgata, seja anátema."
Seguindo a mesma posição doutrinária, o Concilio Vaticano II, no capítulo sobre "A inspiração Divina e a Interpretação da Escritura Sagrada", se pronunciou da seguinte maneira: "Aquelas realidades divinamente reveladas, contidas e apresentadas na
Escritura Sagrada, foram reduzidas à escritura sob a inspiração do Espírito Santo. A
Santa Madre Igreja, descansando sobre a crença dos apóstolos, sustenta que os livros, tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, com todas as suas partes, são sagrados e canônicos, porque, havendo sido escritos sob a inspiração do
Espírito Santo, têm a Deus como seu autor e foram transmitidos Como tais à igreja mesma." Mas, quando a Igreja Católica Romana se refere ao cânon do Velho Testamento, ela inclui uma série de livros que os protestantes chamam de "Apócrifos" mas os católicos de "Deuterocanônicos", os quais não aparecem nas versões evangélicas e hebraica da
Bíblia. O resultado disto foi que na opinião popular dos católicos existem duas Bíblias: uma católica e a outra