Teologia da Prosperidade
“Metodistas fecham o cerco contra a teologia da prosperidade” foi o título da matéria publicada na revista Ultimato no ano de 2012, onde o bispo Paulo de Tarso Lockmann da Primeira Região Eclesiástica declara: “Hoje, há tentativas de transformar a fé cristã numa religião de negação do sofrimento, de exaltação, de prazer e de prosperidade. Mas o cristianismo, embora considere alegria, prazer e prosperidade frutos da vida cristã, não tem vergonha da cruz” (ULTIMATO, p.15).
O reverendo Augustus Nicodemus, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, define que “a teologia da prosperidade é um tipo diferente de erro teológico. Ela não nega diretamente nenhuma das verdades fundamentais do Cristianismo. A questão é de ênfase. O problema não é o que a teologia da prosperidade diz, sim o que ela não diz” (NICODEMUS, 2014).
A teologia da prosperidade é também conhecida como o Evangelho da prosperidade sendo “uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel” (WIKIPÉDIA, 2014).
Muitos pastores aderem à pregação focada na teologia da prosperidade para conquistar mais audiência e crescimento em seu rebanho. Esquecem-se, contudo, que o crescimento da igreja é dado pelo próprio Deus. Wesley do Nascimento da Quarta Região Eclesiástica declara: “Não estamos interessados no que é certo, mas no que produz resultados; não buscamos princípios, mas vantagens, e as necessidades do mercado determinam a pregação e o estilo de vida dos pastores e pastoras” (ULTIMATO, p.16).
As obras de Santo Ambrósio, São João Crisóstomo e Santo Agostinho, considerados “Pais da Igreja”, nos conduzem a uma profunda reflexão sobre a aquisição e administração de bens, e conseqüentemente à teologia da prosperidade. Pois “a autoridade deles foi aceita como válida na época, e adicionada à autoridade mais antiga e evidente,