Teologia da Mistificação
A Igreja da magia e da emoção
PEDRO INACIO DA SILVA
O presente trabalho teve como base a forma como os fiéis da Igreja
Universal do Reino de Deus se portam nos cultos e que visão ou preceitos estão relacionados com a liturgia empregada nessa e em outras seitas religiosas chamadas de Igrejas Neopentecostais. Foram entrevistados grupos de membros dessa e de outras denominações, que por suas práticas, aviltam as igrejas protestantes mais conservadoras e tradicionais. Foi preciso recorrer ao estudo da antropologia religiosa para entender o uso da magia e de utensílios profanos nos cultos desde os tempos primórdios e de que forma isso tem contribuído para a ascese de seus rebanhos. Baseado nas teorias de
Weber, Durkheim, Pierucci, Eliade, Bastide e outros, concluí que o indivíduo é impelido a rever seus valores num universo simbólico que norteia seu modo de viver no mundo e de explicá-lo, de construir certezas diante das incertezas que permeiam a realidade.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1.
A Antropologia religiosa
1.1. Antropologia e Religião
1.2. Nascimento de um novo espírito antropológico
2.
A Antropologia religiosa e o sagrado
2.1. O homo religiosus e o sagrado
2.2. O sagrado e o discurso do homo religiosus
2.3. O sagrado e o comportamento do homo religiosus
3.
Necessidades e benefícios do estudo da antropologia religiosa para a compreensão das polaridades da vivência e do culto evangélico
3.1. Sacralidade, cultura e humanismo
4.
Origens históricas e a configuração atual do Pentecostalismo
5.
O místico como modelo para o culto e a forma
6.
Comportamento evangélico no culto cotidiano e de massa
7.
Materialidade e resultado na vivência da Fé
8.
Fé e emoção – Louvor e adoração -O cotidiano do fiel fora do templo
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Apesar do contínuo processo secularizante atravessado pelo mundo moderno e contemporâneo, que experimentou uma sensação da “morte de