Em nome da Rosa

O filme mostra a realidade em que ocorreram vários fatos da história na Idade Média, bem como consegue passar claramente os desafios que aquela população teve que enfrentar quando relacionadas a aquisição de conhecimentos. Este talvez seja o foco que julgo de maior relevância, que é a seleção de pessoas que poderiam ter acesso aos livros e ao conhecimento.
O filme é marcado pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Frisa a preocupação e influência que a Igreja Católica possuía, e neste aspecto são estabelecidas as regras que os cristãos podem e devem tomar com relação aquilo que for importante e útil para o desenvolvimento da doutrina cristã, desde que seja compatível com a fé. Por isso é que a biblioteca demonstrada no filme tinha que ser secreta, porque ela incluia obras que não estavam devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O acesso à biblioteca era restrito, porque existia ali um saber que era ainda estritamente pagão, e que poderia ameaçar a doutrina cristã. Como disse o velho bibliotecário mostrado em uma das cenas acerca de um texto de Aristóteles: "a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo".
Deste modo, o filme em muito contribuiu para a compreensão do texto estudado em sala de aula, "a formação do homem de fé", onde mostra as dificuldades que a educação enfrentou ao longo dos anos, e como foi difícil quebrar este paradigma. Prova disso, é que como narra o texto, os religiosos temiam a influência negativa da produção intelectual daqueles que não eram "fiéis" a doutrina, ou não aceitavam suas imposições.
A necessidade da educação, surge na igreja com o intuito de ensinar a doutrina para aqueles que ingressam na religião, daí a função da educação começa a ser desenvolvida, porém ainda de forma tradicional, com disciplinas rigorosas, onde eram os mosteiros que monopolizavam a ciência, a cultura e etc. Como podemos perceber no