Tenossinovite de De Quervain

1 INTRODUÇÃO:

A cada dia o número de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) vem aumentando de forma gradual e está se expandindo de modo global.
Sinder (2000, apud SILVA 2006) a tenossinovite de De Quervain, mais especificamente, caracteriza-se pela irritação ou tumefação dos tendões no lado radial do punho. A inflamação espessa a bainha que recobre o tendão promovendo a constrição do mesmo. O que pode acarretar um fenômeno de "disparo", em que o tendão parece travar, quando se realiza movimentos com o polegar. Geralmente, primeiro compartimento extensor está envolvido.
A tenossinovite de De Quervain foi descoberta no final do século XIX, no ano de 1895, por Fritz de Quervain um cirurgião, sendo inicialmente denominada tendinite de De Quervain. Fritz de Quervain descreveu a entorse das lavadeiras, em função do desgaste sobre os tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar (CHEREM, apud URIBE et al 2010).
A Tenossinovite de De Quervain pode apresentar complicações. Mas se diagnosticada e tratada nos primeiros estágios pode ser solucionada. A evolução do quadro é normalmente benigna, podendo em alguns casos ocorrerem sequelas definitivas, tais como: infecção, úlcera, edema crônico, distonia e mioclonia. Podem ocorrer também: dor crônica, perda de força muscular e perda do movimento do polegar, sendo possível também, ocorrer a ruptura do tendão, o que é raro.
O acompanhamento de um profissional fisioterapeuta denota uma série de benefícios às pessoas acometidas pela tenossinovite de De Quervain quando lança mão de cinesioterapia no tratamento. Esses benefícios incluem a analgesia, ganho de amplitude de movimento e força, controle do quadro inflamatório, e pode dispensar em alguns casos a necessidade de cirurgia.

2 ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO PUNHO E DA MÃO:

2.1 Composição óssea:

Punho: o punho é composto pela região distal do rádio, escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapézoide, capitato e