Tendências de transformação do território no Brasil – Vetores e circuitos
Bertha K. Becker
Por Lilian Damares de Almeida Silva, Mestranda em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros.
A autora:
Bertha K. Becker é Doutora em Ciências e Livre Docente pela Universidade do Brasil/UFRJ. Nessa universidade, da qual é professora titular e emérita, durante anos foi Diretora da Pós-Graduação e Pesquisa do Instituto de Geociências. Autora de treze livros e dezenas de artigos, publicados no Brasil e no exterior, Bertha Becker presta consultorias sobre a Amazônia para instituições e governos.
O trabalho:
No presente artigo, a autora trata das tendencias de tranformação do territorio brasileiro onde procura identificar graus de integração física e formas de atuação da sociedade civil nas diferentes porções do território brasileiro, para tanto, são apresentados dois vetores de transformação, o tecno-ecológico e o tecno-industrial, cada qual com suas particularidades históricas e geográficas específicas. Assim, novas parcerias entram em cena associadas a estes vetores de transformação cuja organização, em redes, é indicativa da estrutura transicional do Estado e do território no Brasil.
O primeiro ponto abordado em sua discussão diz respeito ao vetor ecológico, onde a autora mostra que a crise do Estado e a redemocratização da sociedade brasileira, junto às pressões externas culminaram em uma transformação na política territorial a partir da metade da década de 1980, configurando a nova fase do "desenvolvimento sustentável", onde a questão ambiental passa a fazer parte dos discursos e das políticas. Em função dessas pressões internacionais e também nacionais o Estado cria vários órgãos ambientais e uma legislação ambiental. Assim, surgem o Ibama (Instituto Brasileiro de meio Ambiente), o PNMA (Programa Nacional de Meio Ambiente) e os EIA, RIMA que são relatórios de impacto ambiental. A aplicação do PNMA se dá através da