Tendencias metodologicas
A emergência das ciências humanas: a construção de novas tendências metodológicas no contexto histórico do século XIX.
A Revolução Francesa e a Revolução Industrial iniciaram uma grande transformação social e econômica respectivamente, a partir da segunda metade do século XVIII. No qual ocorria o rompimento com o modo de produção feudal, ou seja, a passagem para a Idade Moderna, mas gerava também grandes crises e contradições nos fundamentos dessas revoluções.
A mecanização do sistema fabril culminou no desemprego de milhares de trabalhadores por não serem mais úteis, pois a participação da mão-de-obra torna-se mínima. Resultando em um maior aprofundamento das diferenças entre as classes mais altas (detentora dos meios de produção) e a classe trabalhadora (proletariado).
O Estado passa a investir mais ainda na defesa do seu território e nos interesses de cunho econômico com as forças armadas. Ocorre também nas indústrias a produção em série para um consumo em massa, ou seja, adoção de um único modelo industrial ferindo a liberdade das pessoas.
E o conceito de liberdade, igualdade e fraternidade, não se aplica à realidade, pois o que se percebe é que as liberdades individuais no capistalismo inexistem, a igualdade e a fraternidade são corrompidas por uma defesa de interesses particulares que se percebem no liberalismo econômico: nova ordem mundial.
E para tentar compreender as crises instaladas na sociedade surgem as ciências humanas. Duas tendências metodológicas marcam e configuram a construção de novos objetos do conhecimento: o positivismo e o materialismo-dialético.
Positivismo
O positivismo foi uma corrente filosófica iniciada por Auguste Comte, onde as idéias de percepção humanas são baseadas na observação, exatidão, deixando de lado teorias e especulações da Teologia e da Metafísica. Ele defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Assim sendo, desconsideram-se todas as