Governo e sociedade
Um dos nossos colegas expressou seu pensamento: “acredito que somos homens adultos e que podemos nos relacionar de forma civilizada, e que o Estado é sempre e necessariamente incompetente para dizer como isso deve ser feito. Meu apelo é pelo entendimento livre e espontâneo entre homens livres e responsáveis, repudiando inteiramente a tutela estatal, o moralismo estatal, a regra forçada pelo Estado como se fôssemos vacas ou ratinhos de laboratório” (Eduardo Candido).
Notem duas de suas frases, quando se viu prejudicado pelo próprio vício: “É notável o retardamento mental de pessoas como JOÃO DE FREITAS PEREIRA, que parece aplaudir mais um abuso do Estado contra a liberdade individual”; “Quem defende medidas anti-tabaco é idiota”. Imaginem cada pessoa dos diferentes grupos agindo dessa forma, sem nenhum juiz para julgar quem tem razão e nenhuma norma para conter os esforços contrários de cada!
Agora, vamos pensar em uma sociedade sem leis de trânsito que punam rigorosamente aqueles que avançam os sinais, que correm a velocidade extrema, que não dêem a preferência aos que estão nas ruas demarcadas como preferenciais, etc. Sabemos que, apesar do rigor da nova lei de trânsito, muitos ainda cometem tais irregularidades, que diminuíram mas não acabaram de todo. Se essa lei não solucionou tudo, sem ela estaria pior. Sem lei, sem polícia, sem juiz, quando dois libertinos batessem seus carros, a solução seria uma pancadaria, e estaria certo o mais forte.
Pensemos nos patrões que ameaçam os empregados para exigir deles o que a lei proíbe. As leis trabalhistas não evitam totalmente esses comportamentos, que continuam ocorrendo em vários lugares. Mas sem ela, os empregados estariam muito mais escravizados.