TEMPOS NA NARRATIVA
O tempo tem papel imprescindível em uma narrativa. Ele nos situa na história, seja ele o tempo real ou o tempo que a personagem percebe. A sua função é a de nos manter situados, de maneira que possamos entender melhor os fatos.
Tempo narrativo: A narrativa é um tipo de texto e se diferencia dos outros em diversos aspectos, dentre eles: tempo, enredo, espaço e personagem. O tempo na narrativa é crucial, pois, marca o período cronológico (tempo de um acontecimento), do inicio ao fim da história, ou seja, a história se desenvolve nesse tempo. Existem diferentes tipos de tempo narrativo: o tempo do narrador e o tempo da ação (eventualmente podem ser o mesmo), o tempo na narrativa ficcional (onde a cronologia cria o seu tempo interno, atendendo a lógica temporal de passado, presente e futuro) e a narrativa dos romances, novelas e contos (onde existem dois tipos fundamentais de tempo da história: o cronológico e o psicológico ou metafísico). Cronológico ou Histórico: É de acordo com o ritmo do relógio, pelo movimento do sol, pelo calendário, estação do ano, etc. É um tempo objetivo, facilmente visível, podendo ser identificado até pelo leitor mais desprevenido. No tempo cronológico os fatos podem se apresentar no momento em que estão acontecendo, ou seja, no presente, ou então, no passado, quando os fatos já aconteceram. Além disso, também pode entremear presente e passado, por meio dos flashbacks. As narrativas de ação usam o tempo cronológico, as Histórias usam o tempo histórico e apresentam uma cronologia que corresponde à realidade histórica do passado.
Psicológico ou metafísico: Não obedece à cronologia, ou seja, não mantém nenhuma relação com o tempo propriamente dito, ele transcorre no interior de cada personagem e é determinado pelo desejo ou imaginação do próprio personagem (ou do narrador), de acordo com suas vivências subjetivas, angústias e ansiedades. O tempo psicológico é o tempo interior e pode ser alongado ou encurtado de