Tempos Modernos
Nele, podemos ver o típico empregado Fordista que conhece apenas uma parte do trabalho, sem nem ao menos saber o que é o produto final.
O filme faz ainda uma sutil crítica à teoria da especialização do funcionário, pois mostra que além de desconhecer completamente as outras etapas da linha de produção, o funcionário aprende a desempenhar apenas uma função, tornando quase impossível que ele consiga executar outras tarefas, como por exemplo, ser o auxiliar de mecânico, tarefa para a qual Chaplin demonstra não ter aptidão, devido à especialização em apertar porcas.
No geral, Tempos Modernos faz muitas comparações da vida de Chaplin (cujo nome no filme não é mostrado, apesar de várias pessoas acreditarem que ele se chama Carlitos, nome pelo qual Chaplin era conhecido no Brasil) com a sociedade. Logo no início, vemos a cena do rebanho de ovelhas que momentos depois se “revela” como sendo a multidão de trabalhadores chegando à fábrica, como um bando de animais saindo do curral.
Vê-se também, que outro ponto em comum entre as teorias Clássica, e da Administração Científica, é o tratamento que é dispensado aos operários da fábrica, que são vistos apenas como peças de uma máquina.
Eles passam a fazer parte da máquina, e isso é mostrado quando Chaplin é tragado por ela, que ao invés de esmagá-lo o leva para um passeio por dentro da máquina e o apresenta às outras engrenagens. Não tinham direitos, apenas obrigações.
O tempo também é citado como algo importante, e que deve ser bem aproveitado, e isso fica explícito nas cenas do intervalo de Chaplin na qual ele vai ao banheiro e o patrão o manda voltar ao trabalho e quando é apresentada a “Autoalimentadora Bellows”.
Com ela tempo de almoço dos funcionários seria eliminado, e sobraria mais tempo para a produção. Haveria a eliminação dos tempos inúteis, o que nos remete ao estudo de tempos e movimentos. Por fim, a máquina não é