tempos modernos
O filme é ambientado no inicio do século XX, retrata a vida de um operário que trabalha numa fábrica onde percebe-se uma administração baseada nos princípios da Administração Cientifica, Taylor na divisão e especialização do trabalho, estudo dos tempos e movimentos; Fayol com o controle excessivo sobre a execução das tarefas; uma linha de produção móvel característica principal do Fordismo; a presença da teoria burocrática pode ser vista com a definição bem clara de autoridade, hierarquia, padronização e formalização de procedimentos; A teoria comportamental foi apresentada de forma indireta através de disfunções do trabalho que provocam a alienação do valor do trabalho para o indivíduo.
O Operário é visto como parte integrante das maquinas da fabrica, seus movimentos são minuciosamente estudados e cronometrados, horários são bem definidos, desde a hora de entrada, as pausas para a ida do banheiro, refeição e saída. É uma rotina bem definida na qual o operário se vê trabalhando em uma esteira mecânica onde sua função principal e única e apertar parafusos, sofre a alienação do valor de seu trabalho e dado ao excesso de rigor e ao tempo de sua jornada de trabalho perde o contato com a realidade enlouquecendo.
O contexto do filme apresenta o áureo período pós-revolução industrial onde a jornada de trabalho era excessiva e não existiam condições de trabalho dignas, foi nesse período que o movimento sindicalista eclodiu exigindo melhores condições de trabalho e remuneração justa. Também apresenta um período de grave crise econômica com reflexos na vida dos indivíduos como o desemprego, a fome, a falta de condições mínimas de sobrevivência dos indivíduos com dignidade.
O filme que faz uma ótima crítica ao sistema desigual da época, mostrando bem a realidade dos operários e a dos patrões, e a desordem encontrada nos centros das cidades.