Tempo e hist ria
Foi um tema inesgotável, cheios de conflitos entre filósofos e historiadores, que pode ser explorada em vários aspectos. Quanto ao historiador qualquer que seja a temporalidade escolhida, ela passa a ter o objeto de estudo desde a seleção do tema, na escolha das fontes – escritas, iconográficas, objetos tridimensionais, no viés analítico do campo, no conceitual teórico selecionado; fica interiorizada no objeto, e os marcos de periodização, datas iniciais e finais do estudo, são apenas recortes temporais, que devem guardar coerência interna, e não elementos de explicação causal. Já em relação ao tempo, os historiadores pretendiam conceituá-lo, considerando seus aspectos de tempo histórico, tempo cronológico, tempo físico, tempo psicológico ou tempo vivido (duração interior), por sua vez, não coincide com as medidas temporais objetivas. Variando de indivíduo para indivíduo, sendo subjetivo e qualitativo, referindo-se apenas ao registro de momentos imprecisos, que se aproximam ou tendem a fundir-se, numa organização determinada por sentimentos e lembranças, que definem “intervalos heterogêneos incomparáveis.
Por tanto as questões sinteticamente relacionadas continuam em debate como temas para especialistas, que são restritas muitas vezes pelos próprios historiadores, e totalmente desconhecidas para o público leitor dos livros de história que os consideram narrativa historiográfica (passado), verdade e o tempo.
Apresentação ao dossiê antiguidade tardia: o alvorecer de um conceito Historiográfico - Renan Frighetto
Conhecimento que gerava a partir das tradicionais divisões do tempo histórico para os períodos mais recuados, a Antiguidade e a Idade Média. A Antiguidade Tardia era um conceito historiográfico forjado ao longo da segunda metade do século XIX e no começo do XX, como todos os demais que, igualmente, são frutos do pensamento historiográfico da modernidade, que ganhou uma projeção positiva ao longo do último século sem que