O TRABALHO DO TEMPO Hist Ria
O propósito cientifico histórico de check Anta Diop, ou principal tese e seu argumentário, foi desenvolvimento ao longo dos anos de 1950 a 1986, praticamente. Assim, durante mais de 30 anos, o sábio expôs publicamente perante a comunidade cientifica francesa, em particular, e internacional, em geral, a sua linha de pensameto, as suas ideias, a sua opinião sobre o processo historico na Africa Negra e as grandes questões da historiografia.
Desde finais de 1950 e da decada de 1960 até o seu desaparecimento fisico, Diop apresentou uma obra de conteúdo efectivamente complexo, que o período particular da sua elaboração – a colonização – tornou extremamente dificil do ponto de vista da compreensão e aceitação, quer pelo público africano e europeu, quer pela comunidade académica, presa nas armadilhas da ideologia oficial.
O autor destas linhas foi, durante anos, vitima desta manipulação no processo da sua formação na cátedra de Etnografia, na faculdade da História de uma das importantes Universidades da Europa de então – a de Leninegrado (URSS).
O tempo, critério de verdade, faz, e fez – pensamos -, o trabalho de confirmação, de consolidação, de negação ou ainda de correcção. Olhando para a literatura histórica dedicada à África, em geral, e ao Egipto antiga, em particular, pode-se constatar que isto aconteceu não apenas com a obra de Diop.
Existência objectiva e independente de uma temporalidade histórica africana, que – muito importante – se inscreve obrigatoriamente na temporalidade histórica universal; a humanidade nasceu e desenvolveu-se na África Negra; a Historia africana é também fonte de conhecimento para a compreensão dos grandes problemas da histórica e antropológica da humanidade (fases de desenvolvimento, mecanismos de surgimento e de substituição dos modos de produção socioeconómica, as revoluções sociais, o Estudo e a nação, etc…); a raça nunca foi, e não pode ser, elemento de explicação do movimento histórico (mas ela não é uma