A revolução separatista durou 10 anos no Brasil Imperial do século XIX.O movimento foi deflagrado por causas político-econômicas como os altos impostos nas charqueadas, A escassez de moeda circulante no Rio Grande durante todo o período colonial, e o pagamento das dívidas do governo central na província. Politicamente, o principal motivo da insatisfação era a centralização do poder decisório na Corte, além da aceitação ampla das ideais liberais. Este apelido foi dado aos rio-grandenses sublevados contra o Império do Brasil, por não disporem de uniformes e de equipamentos militares. Maltrapilhos, faltavam armas e botas. Muitos dos soldados, peões de estância e negros, traziam suas garruchas e adagas. As causas remotas do conflito se encontra na posição secundária, econômica e política da região sul, a Província do Rio Grande do Sul. Diferentemente de outras províncias o RS produzia para seu consumo, tendo como principal produto o charque. Como causa imediata, o charque rio-grandense sofria com os altos impostos, perdendo em valor para o charque vindo da Argentina e Uruguai. No interior do RS existiam fazendas agrícolas. Ali, muitos colonos se estabeleciam e, entre eles, militares desmobilizados. Alguns desses colonos, ex-militares, não conseguiam emprego e acabavam se oferecendo como seguranças aos proprietários mais afastados. Na década de 1830, as autoridades do governo resolveram intensificar as cobranças sob tais gêneros com a criação de postos fiscais que garantiriam a cobrança junto aos produtores de charque gaúchos. Essa política adotada acabava beneficiando a entrada do charque uruguaio no mercado brasileiro, que diferentemente dos gaúchos, arcava com uma alíquota alfandegária bem menor. Insatisfeitos com essa situação, um grupo de grandes proprietários organizou um levante que derrubou o governador provincial em 1835. O sucesso obtido na ação dos revoltosos – liderados por Bento Gonçalves – marcou a deflagração da Revolução Farroupilha,