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Desemprego atinge 8,1% no país. Números revelam que o principal motivo é que, para sentir menos a crise, mais pessoas (sobretudo jovens) decidiram ingressar no mercado
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postado em 10/07/2015 06:00 / atualizado em 10/07/2015 07:27 Pedro Rocha Franco , Marta Vieira
Jaqueline Silva Souza procura emprego para ajudar o marido, Carlos Henrique, nas despesas da casa e dos dois filhos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Ao longo dos últimos anos, com o número de desocupados indicando situação de pleno emprego no país, milhares de jovens postergaram a entrada no mercado de trabalho em busca de maior preparação para alçar voos mais altos. A turbulência econômica, associada à necessidade de se contribuir com o orçamento familiar, agora força a entrada mais cedo dessa parcela da população no mercado de trabalho. Esse fenômeno contribuiu para aumentar a taxa de desocupados no trimestre entre março e maio. O indicador atingiu 8,1% no período, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal divulgada ontem pelo IBGE. Em 2014, o índice era de 7% no mesmo intervalo.
O crescimento do índice de desemprego teve início no trimestre de novembro a janeiro. No período seguinte (dezembro a fevereiro), por ser período pós-Natal, o índice teve alta de 0,6 ponto percentual. Nos trimestres iniciados em 2015, o percentual de desocupados tem crescido degrau por degrau, 0,1 ponto percentual por período, até atingir o pico da série histórica na pesquisa mais recente.
Entre março e maio, a população economicamente ativa (soma de ocupados e desocupados) totalizava 100,26 milhões de pessoas. Em igual período do ano passado, eram 98,69 milhões. Isso significa que 1,57 milhão engrossaram a lista, ou seja, estão trabalhando ou procurando emprego. Por outro lado, o número de trabalhadores empregados oscilou bem menos: 92,1 milhões em 2015 contra