Telecomunicações
Por: Laura de Araújo
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Faz tempo que a palavra “combo” deixou de designar apenas promoções de pipoca, refrigerante e doces vendidos dentro dos cinemas. Os combos mais desejados, agora, são os que prometem telefone fixo, internet e TV a cabo na mesma conta, a um preço econômico. Foi seguindo essa tendência que Claro, Net e Embratel anunciaram, em outubro, um pacote combinado de telefone, móvel e fixo, TV por assinatura e internet via cabo, 3G e Wi-Fi. Esse tipo de pacote, chamado multiply, é o primeiro do gênero a ser oferecido no Brasil. As três companhias têm como acionista em comum o bilionário mexicano Carlos Slim, e, com a parceria comercial na criação do pacote único, a perspectiva de fusão entre elas ficou mais próxima. Neste cenário, o que empresas, consumidores e investidores podem esperar?
O futuro para as empresas - Segundo o economista Daniel Cunha, consultor da DealMaker, a reconsolidação do setor deve ser vista como uma tendência natural para as empresas. “Net, Claro e Embratel já compartilham o mesmo controle societário, e a reconsolidação é uma tendência em razão da escala de investimentos e do tempo de maturação necessários nesse tipo de negócio”, aponta. A corrida das empresas para cobrir todas as bases faz sentido, já que o brasileiro gasta, em média, 4,8% da sua renda com telecomunicações. E, com o avanço tecnológico, a demanda por esses serviços deve se ampliar cada vez mais.
A reconsolidação também deve ser necessária em um cenário onde, cada vez mais, as empresas terão de lidar com os serviços de comunicação disponibilizados gratuitamente na rede. “A competição entre os players internos é quase igual, mas a internet tem impacto forte sobre os que atendem o varejo, porque tem opções de telefone como o Skype, gratuito e via internet. O mercado de banda larga cria oportunidades de comunicação em várias formas, o cenário fica mais complexo”, explica Roberto Miranda,