tectonismo
Até o início dos anos 60, a maioria das pessoas imaginava que os continentes eram fixos em suas posições atuais e que os oceanos eram as partes mais antigas e primitivas do planeta. Esta hipótese foi descartada quando se tornou possível provar que os continentes movem-se através da superfície da Terra, que os leitos oceânicos estão se expandindo e que nenhuma das crostas oceânicas tem mais de cerca de 200 milhões de anos - menos de 5% da idade da Terra (4,6 bilhões de anos).
A deriva continental foi proposta em Paris por António Snider em 1858, mas não havia sido levada a sério até que, em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener (1890-1930) escreveu um livro em que reunia todas as evidências científicas disponíveis na época sobre o assunto, muitas delas válidas ainda hoje. Wegener apontava para o fato de que as rochas encontradas ao longo da costa ocidental da África são muito semelhantes às encontradas na costa oriental da América do Sul, sugerindo que os dois continentes um dia já haviam formado um bloco contínuo. Wegener também observou a presença de fósseis idênticos em continentes hoje separados por milhares de quilómetros de oceano.
Os animais em questão jamais poderiam ter percorrido tal distância a nado, portanto, os continentes deveriam estar unidos no passado.
Segundo Wegener, há cerca de 200 milhões de anos havia apenas um supercontinente, que ele chamou de Pangea. Subsequentemente, Pangea dividiu-se em partes menores, que migraram para suas posições atuais (e continuam se deslocando alguns centímetros por ano). Entretanto, durante mais de 40 anos seus argumentos foram rejeitados pela maioria dos geólogos, que não conseguiam imaginar como continentes sólidos seriam capazes de se movimentar através de um leito oceânico igualmente sólido.
A revolução na Geologia
No início dos anos 60, os cientistas conseguiram comprovar a ocorrência da deriva continental através de um fraco magnetismo que muitas rochas apresentam. A partir daí, o