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QUANTO MAIS OPÇÕES, MENOS ESCOLHAS

Você sabe quantas escolhas você faz num dia comum, ou numa semana? O que comer? O que vestir? O que comprar? O que curtir no facebook?

Ter muitas opções geralmente é encarado como liberdade de escolha. Mas Sheena Iyengar, psicóloga canadense autora da obra "A Arte de Escolher", alerta que ter tantas opções não é necessariamente bom.

"– Quando vai escolher algo, o que você faz? Compara todas as opções disponíveis para ter certeza de que tomará a melhor decisão. O problema é que, quanto mais opções temos, mais esse processo fica pesado e confuso. Acabamos sobrecarregados. E nos sentimos obrigados a escolher só porque as opções estão disponíveis. Em muitos casos, isso termina em frustração."

Em um dos experimentos de Iyengar foram apresentadas duas situações diferentes para visitantes em uma loja de doces:

a) na primeira situação a mesa tinha 24 sabores de doces disponíveis;
b) na segunda, apenas 6 sabores de doces.

Mais pessoas pararam quando havia 24 sabores disponíveis (cerca de 60%), do que quando eram 6 (cerca de 40%). Mas qual mesa vendeu mais? Dos clientes que foram experimentar os 24 sabores, apenas 3% compraram. Entretanto, na mesa com apenas 6 sabores, 30% dos clientes compraram.

Sheena Iyengar vê três consequências negativas no número cada vez maior de opções de escolha que temos:

1- As pessoas ficam mais propensas a atrasar a escolha e deixar os afazeres para depois;
2- Ficam mais propensas a fazer escolhas frustrantes e se arrepender depois;
3- As pessoas raramente se satisfazem com suas escolhas, mesmo quando elas não trazem malefícios.