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MULTINACIONAIS E ECONOMIA MUNDIAL

A operação da economia mundial acha-se dominada pelas atividades de companhias gigantescas, frequentemente denominadas “multinacionais” ou “corporações transnacionais”. Não é, portanto, de surpreender que tenham sido descritas como Estados soberanos com impacto significativo na política internacional e na economia mundial.
Empresas multinacionais com centrais nos Estados Unidos dominam a lista das maiores companhias. Até o início dos anos 70, a hegemonia dos Estados Unidos não era ameaçada, embora mais recentemente corporações de outros países se tenham tornado de maior importância. Corporações japonesas e alemãs possuem a taxa de crescimento mais elevada, tendo superado aquelas das multinacionais americanas que vem apresentando diminuição nas taxas de crescimento, desde o final dos anos 60.
Muitas das maiores empresas multinacionais são companhias petrolíferas, havendo também fabricantes de automóveis, de componentes elétricos e eletrônicos, indústria química, alimentícia, vidraria e aço. Operam tipicamente em países do mundo todo.
É claro que empresas transnacionais existem há muito tempo. A cidade-estado de Veneza no século XV envolveu-se largamente em finanças internacionais e grandes companhias de comércio internacional, como a Companhia das Índias Ocidentais e a Hudson Bay Company, desenvolveram operações comerciais em muitos continentes já no início do século XVII. Entretanto, é no final do século XIX e início do XX que é possível testemunhar o crescimento e a proliferação das multinacionais, acompanhando os desenvolvimentos verificados na economia do mundo capitalista. Grandes e especializadas corporações foram as primeiras a surgir, reunindo grande concentração de recursos econômicos e de poder quase monopolista, além de operar em muitos países. Por volta da metade deste século um novo tipo de desenvolvimento surgiu junto com a legislação antitruste concebida como forma de frear a influência de tais organizações, ou