Conceito de paisagem
Ensaio sobre o conceito de paisagem
Grupo 16 Autores: Agnelo Meias Marinho Rita Salomé Bastião Textos: “Why landscapes of the past are important for the future”, de Marc Antrop (36) “Para além da revolução”, de Gonçalo Ribeiro Telles (7) “Fundamentos ambientais do ordenamento do território e da paisagem”, de Leonel Fadigas 17 de Janeiro de 2012
Faculdade de Arquitectura Universidade do Porto
O espaço e o tempo constituem os factores primários da existência de vida. Esta não seria possível sem um espaço/território e sem um tempo. O espaço é dependente do tempo, pois este tem a capacidade de o alterar. Todavia, a partir da humanização do Planeta, desde há cerca de 10 000 anos, com a descoberta da agricultura, a constante necessidade do Homem de se satisfazer fez com que este também se impusesse sobre o espaço, tirando ao tempo o privilégio único de o mudar. No fundo, a agricultura, as indústrias, o desenvolvimento urbano, tudo foi pretexto para explorar os recursos da Terra e modelar o terreno, transformando-o numa paisagem. Este conceito “nasceu da arte de pintar” (Ribeiro Telles), mais concretamente na Holanda, por volta do século XVI, período no qual um dos temas mais representados era a paisagem, permitindo às pessoas ver com outros olhos a natureza, valorizando o território como espectáculo estético, em detrimento da visão teológica medieval. Este conceito é e sempre foi detentor de várias interpretações, embora a Europa tenha convencionado a seguinte: a paisagem é «uma parte do território, tal como é apreendida pelas populações, cujo carácter resulta da acção e da interacção de factores naturais e/ou humanos» (Convenção Europeia da Paisagem, 2000). A paisagem, no entanto, poderá também ser vista como uma “unidade ecológica, estética e geográfica” (Leonel Fadigas sobre a Lei de Bases do Ambiente). Aliás, se nos debruçarmos com mais atenção sobre o estudo do conceito, podemos observar que a paisagem