tecnologia
A palavra ciência vem do latim scientia, que significa “sabedoria”, “conhecimento”. Como ponto de partida, podemos dizer que a ciência se caracteriza pela busca de conhecimento sistemático e seguro dos fenômenos do mundo. Jacob Bronowski, (1908-1974) filósofo e matemático afirma que através do conhecimento cientifico o “ homem domina a natureza não pela força, mas pela compreensão”. Uma visão positiva da ciência.
Mas será isso possível? O filósofo F.Nietzsche já dissera que não. Para ele, o conhecimento se dá através de alguma forma de dominação, isto é, todo conhecimento implica poder. Sobre essa relação entre ciência e poder, Horkheimer e Adorno diriam, tempo depois: “O ditador trata o homem como o homem trata a natureza: ele os conhece para melhor os controlar”. Assim, nessa visão negativa da ciência, a insaciável sede de conhecimento transformou o mundo num inferno tecnológico e causou certa regressão dos valores humanos?
O desenvolvimento da tecnologia: caminhos e descaminhos
A moderna civilização tecnológica parece indicar que o homem abriu uma via, na qual não pode mais parar de perseguir avanços com ousadias cada vez maiores.
A técnica é concebida como exterior ao ser humano, uma separação entre corpo humano e maquina, entre técnica e natureza.
Atualmente, essa visão é alvo de muitas criticas, pois a tecnologia não se reduz a problemas puramente tecnológicos. É uma concepção decorrente do otimismo quanto ao desenvolvimento tecnológico, oriundo do aprofundamento da Segunda Revolução industrial no ocidente (até 1960), que antecede a atual fase pós-industrial.
Uma visão critica e radical do papel da tecnologia, no sentido oposto a primeira e complementa à segunda, considera o progresso tecnológico um processo humano de interiorização das técnicas, associando à técnica a natureza humana e à cultura.
Tal processo é designado intimização humana da técnica. Ela decorre da sofisticação de novos processos