Tecnologia e educação

A primeira geração de ambientes de Ensino à Distância via internet emulavam os modelos anteriores e, em essência, tais ambientes são meros sistemas de entrega controlada de material didático: o aluno é autorizado a ter acesso a um módulo do material didático, digere as informações, faz um teste para aferir se ele atingiu um patamar mínimo de compreensão dos conteúdos a que ele teve acesso e, em caso afirmativo, é liberado para ele o acesso ao módulo seguinte. Nada muito diferente do Ensino à Distância via correio convencional.
Uma nova geração de ambientes está despontando que estimula o aprendizado colaborativo. Ao invés do professor ser a figura central do sistema, o foco está sendo deslocado para o grupo de participantes. O papel do professor é criar situações de aprendizagem instigantes, muitas vezes baseadas em problemas a serem resolvidos, em que ele desempenha um papel de facilitador. O trabalho é planejado e executado pelo grupo. Em alguns momentos, os alunos podem estar trabalhando individualmente, em outros, podem estar trabalhando em grupo. O processo envolve, entre outras, a definição de estratégias de como abordar o problema proposto, cria situações de negociação, troca de experiências e socialização de conhecimentos e ele é aberto, isto é, o material a ser utilizado não precisa ser gerado todo com antecedência. A internet é apenas um meio e uma base de documentos que pode ser explorada, mas nada impede que os alunos recorram a outros materiais disponíveis em bibliotecas tradicionais, por exemplo. A definição das estratégias de busca por informações relevantes e a escolha dos materiais a serem trabalhados cabe, em grande parte, aos alunos. Esta abordagem pedagógica respeita mais as experiências anteriores e a bagagem cultural dos alunos e através dela fica mais fácil trabalhar com as diferenças em termos de competências e habilidades. Ferramentas de apoio a trabalho colaborativo no mundo virtual são essenciais nesta