Tecnobrega
Fundamentos da Música
TECNOBREGA Em 1970 surge o brega, movimento que se fortaleceu em Belém devido ao aparecimento de talentos locais. Em 1980 surgem as gravadoras locais no Pará voltados para o Brega e paralelamente institui-se a prática de registros das músicas e cobrança de direitos autorais (por menor que fossem). Alguns cantores passaram a ser conhecidos nacionalmente, mas no final da década o mercado assistiu a uma significativa redução de vendas de discos, poucos artistas continuaram o movimento e ele perde espaço para outros que estavam surgindo e popularizando, como o axé. Na segunda metade dos anos 90 o ritmo renasce, numa mistura com o ritmo caribenho, originando o bregacalypso, com artistas antigos e novos, o que atrai um público mais amplo. No início dos anos 2000 surge o tecnobrega através do DJ Tony Brasil, que resolve acelerar uma batida de bolero e fazendo uso de sampleadores para tornar a batida e o ritmo mais tecnológico e menos dependente de instrumentos. De lá pra cá o estilo se renova e se renomeia, sendo nominado como cybertecno, tecnomelody, eltromelody ou eletrobrega. Ainda assim continua sendo um estilo criado longe das gravadoras e dos meios de comunicação em massa. Vem da periferia e ocupa a metrópole, até passar a ser reconhecido internacionalmente. “Antigamente chamavam o dance de house. Aí virou dance porque mudaram as batidas. Fiquei com essa ideia: “por que o brega não pode também mudar? Botar uma batida mais pesada?” Aí tive essa ideia e deu certo, montei o tecnobrega. Era só trance, pedacinho assim de vinheta, de músicas conhecidas. Peguei uma batida, o baixo de uma música, de tudo... Fui montando. Aí peguei o brega. Só que fiquei pensando em como eu ia chamar, já que é um ritmo mais pesado. Lancei e todo mundo quis dançar. Depois disso começaram a vir outros... até hoje” [BRASIL, Tony]. A tecnologia foi central na criação do tecnobrega. Estúdios caseiros (uma peça chave do