Musica popular brasileira

Tradicionalmente, o Brasil festeja o Carnaval ao som dos ritmos tradicionais da folia: samba, samba enredo, axé, frevo e marchinhas. Independentemente da preferência musical de cada um, há de se concordar em um ponto: o Brasil é um dos celeiros musicais mais férteis do mundo, onde gêneros e subgêneros vão sendo criados a todo momento.
Nesse especial, a Biblioteca Virtual vai percorrer os ritmos que fazem sucesso o ano inteiro e que nem todo o país conhece. Há gêneros e artistas locais que fazem um sucesso estrondoso em suas regiões - muito mais até que os próprios artistas mais conhecidos e divulgados pelo mercado musical - mas que, curiosamente, não chegam ao conhecimento de todos. Para conhecer um pouco mais esses ritmos tão diferentes, traçamos um mapa resumido da música popular no Brasil.

História de origem da Musica Popular Brasileira

O Brasil é um caso de um encontro feliz de diversas culturas musicais. A música brasileira é, basicamente, fruto da fusão de elementos indígenas, europeus (sobretudo da influência portuguesa) e africanos.
Antes da chegada dos primeiros colonizadores portugueses, os índios realizavam rituais e festas acompanhadas por cantos e músicas executadas com flautas, apitos, chocalhos e tambores. Quando as primeiras missões jesuítas se estabeleceram por aqui, os padres ensinavam aos índios noções de música europeia, principalmente música sacra. Curiosamente, alguns textos e canções católicas eram traduzidos para o tupi e cantados pelos índios, ao mesmo tempo em que eles executavam as suas próprias danças; como foi o caso da catira. Esta dança (que ainda tem outros nomes como o cateretê, cantochão, xiba ou chiba) ainda é executada em muitos estados brasileiros, onde o ritmo é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos e acompanhado por violas.
A estratégia - muito esperta, por sinal - dos padres era introduzir, aos poucos, a catolicismo entre os índios. Outros frutos da fusão entre tradição portuguesa e indígena foram o