Tecnicismo
Fundamentando-se no funcionalismo, o tecnicismo aponta a escola como peça importante de um sistema organizado, harmonioso e funcional, onde o seu papel é preparar e integrar as pessoas a este sistema. No que tange a parte psicológica, a tendência é baseada no Behaviorismo, utilizando-se da instrução programada como técnica de ensino. O tecnicismo foi marcante no Brasil por sua ênfase às tecnologias de ensino, principalmente as ligadas ao planejamento, organização e controle do ensino e da aprendizagem.
Do confronto entre o Movimento da Matemática Moderna com a pedagogia do tecnicismo surgiu, nas décadas de 60 e 70, o tecnicismo formalista, que trazia uma associação da concepção formalista estrutural com a concepção tecnicista. Passava-se a perceber, a partir de então, uma combinação de uma matemática focada no desenvolvimento de habilidades técnicas, objetivo típico do tecnicismo, com uma matemática extremamente preocupada com a precisão, rigor e uso correto dos símbolos, características típicas da concepção formalista moderna.
Em oposição ao formalismo estrutural, surge ainda, na década de 70, o tecnicismo mecanicista, que por sua vez, torna a matemática mais pragmática, focando-a no processo de “fazer”, sem dar atenção ao compreender, refletir, analisar ou justificar.
Para esta tendência, o ensino de matemática serve para desenvolver habilidades e atitudes computacionais e capacitar o aluno para resolução de exercícios ou problemas-padrão. Uma vez fundamentado no funcionalismo, não é interessante para o sistema, a formação de alunos críticos e criativos que possam vir a questionar um sistema perfeito e funcional. Diferentemente de