Tecnicismo no Brasil
Desde a década de 1950, com a implantação da indústria de base, o brasil sofreu acelerada industrialização, com o consequente crescimento do setor de serviços.
O sistema educacional vigente não tinha condições de oferecer os recursos humanos exigidos pela expansão econômica.
Daí que a crise se arrastou por toda a década de 1960, provocando movimentos estudantis que pressionavam o governo por mais vagas nas escolas, bem como sua adequação as novas necessidades.
Com o golpe militar de 1964, com estudantes e educadores, o governo aceitou a ajuda dos Estados Unidos para a implantação das reformas educacionais.
É bom lembrar que nunca houve, de fato, plena implantação da reforma porque os professores continuaram, de certa forma, imbuídos da tendência tradicional ou das ideias escolanovistas. Alunos sofreram as consequências das mutilações a que o currículo foi submetido, na fracassada tentativa de reformulação das disciplinas.
Com suas funções inferiorizadas, o professor tornou-se simples executor de ordens vindas do setor de planejamento, a cargo de técnicos em educação que, por sua vez, não pisavam em sala de aula.
A inclusão de disciplinas técnicas no currículo teve por consequência a diminuição da carga horaria de algumas matérias, geografia e história por exemplo; e teve também a exclusão de outras como a filosofia.
A queda do nível do ensino repercutiu de maneira drástica nas escolas públicas, enquanto as escolas particulares “contornavam’ a lei, assumindo apenas a nomenclatura dos cursos, mas mantendo os conteúdos tradicionais. Isso aumentou a seletividade de nossa educação, fazendo com que o ensino superior se destinasse cada vez mais aos filhos da elite.
Quanto a escolas públicas, o que se conseguiu, foi a formação de mão de obra barata, não qualificada; para trabalhadores disponíveis para emprego de baixa remuneração.
Críticas ao Tecnicismo
A tendência tecnicista na educação se insere em uma