TEATRO DE GOIAS
Quando em 1988, a Secretaria de Cultura de Goiás bancou a montagem do espetáculo Martim Cererê, texto de Cassiano Ricardo, direção de Marcos Fayad e Hugo Rodas, o slogan da peça era "O Teatro vive em Goiás". Um grupo de atores, capitaneados pelo então jovem diretor Sandro di Lima, distribuiu um manifesto, deixando claro que "O teatro sempre viveu em Goiás". O manifesto lembrava que outros grupos existiam no Estado e fazia questão de lembrar a ação de pioneiros como Otávio Arantes, Cici Pinheiro e João Bênnio. Após essa ligeira discussão sobre a existência do teatro em Goiás, muita água correu por baixo da ponte. O teatro feito naquela época em Goiás, carente, feito com poucos recursos e muito amadorismo, conheceu no ano 2000, dois cortes profundos e essenciais: o início das atividades da Escola de Artes Cênicas da UFG, e a criação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A primeira trouxe no seu curso regular de quatro anos, a obrigatoriedade da leitura, da informação, do conhecimento na formação dos novos atores e diretores; a Lei de Incentivo de Goiânia trouxe os recursos que ajudaram a criar novos grupos e profissionalizar os já existentes. A Lei deu o reforço financeiro para que as companhias teatrais pudessem realizar suas montagens, remunerando os profissionais envolvidos no trabalho. Com isso, uma nova geração de técnicos pode mostrar serviços. Técnicos de luz e som, cenógrafos, figurinistas, músicos, enfim, toda a equipe necessária para dar qualidade ao espetáculo. Atores, diretores e também o pessoal da produção, passaram a receber por seu trabalho. Esse reforço no caixa teve mais uma ajuda com a criação da Lei Goyazes, de incentivo à cultura, pela Agepel, e que teve seu primeiro projeto captado, em 2001. Some-se a isso os editais da Funarte, Petrobras, Banco do Brasil e outras instituições. Hoje, boa parte das companhias de teatro locais pode circular com suas montagens por outros Estados, além de mostrar seus espetáculos