TDAH
As primeiras referências ao transtorno na literatura médica apareceram no meio do século XIX. Sua nomenclatura vem sofrendo alterações contínuas, na década de 40, surgiu a designação "lesão cerebral mínima", em 1962, foi modificada para "disfunção cerebral mínima". Agora se utilizam nomenclaturas diferentes (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade no DSM-IV e Transtornos Hipercinéticos na CID-10).
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou também Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA), é um problema de saúde que ocasiona o distúrbio do neurodesenvolvimento, ou seja, os neurotransmissores, dopamina e noradrenalina (substâncias químicas do cérebro que transmitem informações entre as células nervosas) encontram-se diminuídos, fazendo com que a atividade do córtex pré-frontal seja menor. Na sua grande maioria de origem genética, surge na infância e pode persistir na adolescência e acompanhar o individuo por toda sua vida.
É um problema de desatenção, hiperatividade, impulsividade ou uma combinação destes que são os mais comuns dos sintomas. O individuo que tem TDAH não consegue utilizar todo seu potencial em função dessas características do transtorno.
De acordo com Muszkat; Miranda e Rizzutti (2011), o TDAH é considerado um dos principais transtornos do desenvolvimento infantil. O mesmo é caracterizado pela dificuldade na modulação da atenção e no controle dos impulsos da criança. Os autores ressaltam que o TDAH, em grande parte, “associa-se a outros problemas como as dificuldades de aprendizagem, os transtornos de humor, de ansiedade e vários problemas comportamentais.” (MUSZKAT; MIRANDA; RIZZUTTI, 2011, p. 16).
Apesar do TDAH atingir até 6% da população, é até hoje muito desconhecido, inclusive por muitos profissionais da saúde e a população em si, devido à falta de informação. A carência de um diagnóstico preciso e tratamento adequado geram grandes prejuízos na vida do indivíduo sem ao menos que ele saiba o porquê.