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MÉDICA
4a. LEISHMANÍASE VISCERAL
Complemento multimídia dos livros “Parasitologia” e “Bases da Parasitologia
Médica”. Para a terminologia, consultar “Dicionário de termos técnicos de
Medicina e Saúde”, de
Luís Rey
Fundação Oswaldo Cruz
Instituto Oswaldo Cruz
Departamento de Medicina Tropical
Rio de Janeiro
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LEISHMANÍASE VISCERAL
O calazar no Brasil
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Leishmaníase visceral no Brasil
A leishmaníase visceral, também denominada calazar, é endêmica em várias partes do mundo e pode dar lugar a epidemias. O quadro clínico caracteriza-se por febre irregular, hépato-esplenomegalia e anemia. Na fase terminal, se não for tratada, produz caquexia e mortalidade elevada.
Ela tem por causa flagelados do complexo
“L.
donovani”, cuja nomenclatura varia segundo diferentes autores.
A Leishmania donovani e a
Leishmania infantum, ambas
do Velho Mundo, são espécies bem caracterizadas.
No Brasil, costuma-se dar o nome de Leishmania chagasi ao agente do calazar local, ainda que seja sabidamente importado da Europa.
Os flagelados do complexo
L. donovani estão adaptados para viver a 37oC, o que lhes permite infectar as vísceras e estruturas profundas.
Esse tropismo explica a patologia da doença e sua gravidade. 3
Leishmaníase visceral
Macrófago abarrotado de leishmânias em multiplicação.
Sob a forma de amastigotas, os parasitos crescem sobretudo nas células de Kupffer do fígado e nas do sistema fagocítico mononuclear do baço, da medula óssea e dos linfonodos.
Também crescem nos pulmões, nos rins, nas supra-renais, nos intestinos e na pele.
As células hospedeiras destruídas permitem a disseminação dos parasitos, que podem ser vistos circulando no sangue, inclusive no interior de monócitos. 4
Leishmaníase visceral
Inseto flebotomíneo do gênero Lutzomyia
Os transmissores são insetos dípteros da subfamília Phlebotominae e do gênero Lutzomyia.
Os flebotomíneos infectam-se