taxol
Figura 1: Estrutura química do Paclitaxel, retirada de Química Nova, Vol. 27, No. 2, 308-312, 2004
A grande dificuldade para a obtenção do taxol estava no fato de que a árvore de Taxus brevifolia demorava cerca de 100 a 200 anos para atingir a maturidade, além de ser uma espécie em extinção. Para se obter um quilo de paclitaxel eram necessários dez mil quilos de casca da árvore, havendo assim, a necessidade de abater três mil árvores. Um quilo de paclitaxel seria utilizado para tratar apenas 500 pacientes por ano, o que representava uma quantidade bastante insatisfatória, já que o câncer é uma doença que atinge um elevado número de pessoas (SOUZA, 2004).
A primeira solução para esse problema veio a partir de uma semi-síntese, utilizando a árvore Taxus baccata, da qual foi possível extrair de suas folhas uma substância denominada 10-desacetilbacatina-III, que possui o esqueleto básico e funcionalidades do paclitaxel. O paclitaxel foi obtido em poucas etapas através de uma acetilção da posição 10 da 10-desacetilbacatina-III e pela introdução da cadeia lateral em posição C-13. A grande vantagem desta semi-síntese era não haver necessidade de abater árvores, pois a substância estava presente nas folhas, sendo estas uma fonte renovável. Essa técnica foi desenvolvida por diferentes grupos de pesquisa, destacando-se os grupos de Potier, Ojima e Holton (SOUZA, 2004).
Figura 2: Semi-síntese do Taxol realizada por Potier, retirada de Química Nova, Vol. 27, No. 2, 308-312, 2004
Em 1993 Stierle desenvolveu, através de estudos, a produção do paclitaxel por um fungo endofítico denominado Taxomyces andreanea,