FUNGOS
O presente projeto mostrará a importância de fungos na produção de fármacos e especialmente em fungos endofiticos, sendo este tema de grande relevância na busca de novas substâncias inéditas e bioativas, mostrando o grande potencial na produção de metabólitos de interesse farmacológico e biotecnológico.
Atualmente aproximadamente um quarto de todos os produtos naturais biologicamente ativos conhecidos tem sido produzidos por fungos.
Ao longo das últimas décadas, desde a descoberta das penicilinas naturais, o avanço da indústria farmacêutica levou ao surgimento de diversos antimicrobianos, com espectro de ação cada vez mais amplo. Entretanto, a exposição aos antimicrobianos desencadeou resistência bacteriana, limitando as opções terapêuticas dos processos infecciosos (CUNICO, 2004).
A resistência a agentes antimicrobianos é grave e preocupante e requer pesquisa para o desenvolvimento de novas substâncias antimicrobianas.
2) Fundamentação Teórica
O Brasil detém cerca de 20% da biodiversidade mundial, e é fonte inestimável de matérias-primas nos mais variada setores. Apesar da imensa diversidade biológica, as espécies que compõem e suas relações filogenéticas são pouco conhecidas, muito menos seus microorganismos e suas interações com outros seres.
Uma fonte de novas substâncias bioativas potencialmente úteis como fármacos são os produtos naturais, principalmente os metabólitos oriundos de plantas e microrganismos (STROBEL, 2004 e GUNATILAKA, 2006, p. 45).
Com relação à ocorrência e biodiversidade, os fungos constituem o segundo maior grupo de espécies sobre a terra, perdem somente para os insetos. Estimativas sugerem que há aproximadamente 1,5 milhões de espécies diferentes de fungos, sendo que menos de 5% foram descritas (HAWKSWORTH, 2001).
Os fungos são organismos quimiorganotróficos, típicos de ambientes úmidos encontram-se distribuídos em habitats diversos: água, solo, ar e sobre partículas em suspensão, sendo