Tarefa II Plano Municipal de Saúde

Ao longo dos anos em que estou exercendo cargo como Funcionário Público Federal cedido ao Sistema Único de Xambioá, ainda não tive a oportunidade de presenciar a execução de um Plano Municipal de Saúde (PS) que venha a atender ao que requer as necessidades singulares da clientela, dos profissionais e até mesmo da própria gestão. Nesse viés, o PS atual em sua essência foi elaborado sem uma discussão mais aprimorada com os sujeitos para qual o mesmo se destinará e aqui cito como o principal interessado a população do município em primeiro plano. O atual Plano Municipal de Saúde do meu município foi formulado em quase sua totalidade exclusivamente pelo Setor de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, digo quase exclusivamente em razão de ter havido em alguns momentos a tentativa de envolvimento de profissionais de saúde, através da escuta e listagem dos principais problemas a serem solucionados e das estratégias a serem utilizadas para isso, bem como foi aberto à discussão no Conselho Municipal de Saúde com o acolhimento de algumas sugestões. Creio que por não haver uma sensibilização mais ampla dos profissionais e conselheiros, o Setor de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde sintetizou àquelas propostas que mais comungavam com o próprio anseio político da gestão. A discussão das propostas não foram aprofundadas e o Plano Municipal de Saúde foi colocado em votação e teve a aprovação do plenário do Conselho Municipal de Saúde (CMS).
Da análise superficial do PS de Xambioá e dos demais instrumentos de Gestão (Agenda Anual de Saúde, Plano de Desenvolvimento e Regionalização da Saúde – PDR, LOA, LDO e Relatório de Gestão) percebo que não há a preocupação em fazer uma conexão entre eles. Sinto que um dos entreves para a execução do Plano residi principalmente neste fato. Para contextualizar o fato do qual estou falando cito aqui um dos mais gritantes descompassos que percebi: As diretrizes e metas constantes do PS em sua grande maioria não estão contidos