Tarantino
Quentin Tarantino é diretor, ator e roteirista, e o que é de fato notável é seu estilo ímpar em suas obras audiovisuais: a forma com que ele trabalha a comédia e a violência com roteiros críticos e nunca antes vistos, além de extremamente originais.
Mas qual é a mensagem que este diretor quer passar à quem vê seus filmes? É impossível afirmar que ele é só mais um dos vários produtores de Hollywood que fazem aqueles filmes no qual o bem vence o mal e todos vão embora do cinema ou desligam suas TVs de mãos dadas sem a menor dúvida do que acabaram de presenciar.
A mensagem que quer ser passada não é concreta, o intuito dos filmes é deixar quem assiste chocado e inquieto, com uma trama que força à plateia assistir cenas que causam extremo desconforto, com violência explícita misturada com humor negro e muitas vezes psicopata, como a tortura em cães de aluguel, na qual Mr. Blonde tortura calmamente o policial enquanto dança ao som de Stuck In The Middle With You, da banda Stealers Wheel, uma música calma que não se encaixa nem um pouco com o momento da obra. Quentin não se interessa se o público vai ficar feliz com os caminhos que seus filmes seguem, se o policial de bom coração vai sair ileso de volta para sua família, ou se o amigável Dr. Schultz, de Django, vai ajudar seu “amiguinho” escravo resgatar sua esposa Brunhilde e viver feliz para sempre. Ele faz o que bem entender, não quer agradar ninguém.
Tarantino é muito mais que o óbvio, seus filmes estão repletos de diálogos complexos, que precisam de um repertório mínimo do receptor, um bom exemplo está novamente em cães de aluguel, no qual tem início com um diálogo cômico entre os assaltantes que analisa a música “Like a Virgin” de Madonna. Se o telespectador não tem o devido conhecimento da música, a conversa no filme fica perdida, gerando entropia. Mas, novamente digo, este ilustre diretor não está preocupado se todos vão entender. Seus filmes não são feitos para todos, as pessoas