PULP FICTION - Semiótica e Análise da Imagem
Análise semiótica do filme
“Pulp Fiction” de Quentin Tarantino
Índice
Introdução
Apesar de estabelecer marcos históricos ser sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campos das artes, a data de 28 de dezembro de 1895 é especial no que diz respeito ao cinema, a 7ª Arte. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière, conhecidos como “os inventores do cinema”, fizeram uma apresentação pública dos produtos da sua invenção, à qual chamaram Cinematógrafo. O filme exibido foi L’Arrivée D’un Train à La Ciotat. O cinema nasceu de várias inovações que vão desde o domínio fotográfico até à síntese do movimento, utilizando a persistência da visão com a invenção de jogos ópticos. Foi em 1896 que o ilusionista francês, Georges Méliès começou a exibir filmes, hábito que se foi desenvolvendo.
O presente trabalho visa propor uma análise semiótica do filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, partindo do pressuposto de que o cinema é uma forma híbrida de representação e comunicação, resultante da comunhão de três processos sígnicos indissociáveis, mas distintos: o sonoro, o visual e o verbal. A construção, de forma criativa, dessa comunhão desenvolve-se em áreas como roteiro, direção de fotografia, direção de arte, cenografia, figurino, banda sonora, direção, etc., que são produzidas e articuladas sintaticamente, cobrindo o signo fílmico de potencialidade de significação. Dentro do campo do conhecimento voltado ao cinema, a teoria cinematográfica foi delineada em pelo menos quatro linhas de estudos muito bem constituídas: a empirista ou experimentalista, a idealista, a analítica e a técnica. A linha de estudos experimentalista nasceu no final da década de 1950 e começo de 1960, na França, onde os cineastas se transformaram em críticos, teóricos e realizadores, surgindo daí o autorismo. As reflexões sobre cinema são feitas através do Cahiers du Cinènma, e o filme, feito com a câmara stylo, recebe