Taquipnéia transitória do RN - Hipoglicemia Neonatal - Adaptação a vida extra-uterina
Introdução:
TTRN não é uma síndrome rara. Tem uma incidência de 1%. Se a mãe for diabética, esta incidência aumenta para 3%. Também pode estar associado ao TP prolongado, cesariana, sedação materna, administração excessiva de líquidos à mãe exposição a ß miméticos e asfixia fetal.
A secreção de líquido pulmonar é reduzida, e a reabsorção, aumentada pelo aumento das catecolaminas, mais evidente no parto vaginal.
Fisiopatogenia:
Há uma reabsorção lenta do líquido pulmonar, resultando em distensão dos espaços intersticiais pelo líquido. Assim, resulta em um aprisionamento de ar nos alvéolos e em uma redução da complacência pulmonar.
Fator contribuinte: diferenças na pressão oncótica entre os espaços aéreos, o interstício e os vasos sanguíneos além de um transporte ativo de Na+ para fora das vias aéreas.
Obs.: poucos estudos sugeriram que a TTRN poderia resultar de uma leve imaturidade do sistema surfactante. Por isso, a distinção entre TTRN e SDR passa a ser tênue e de difícil avaliação.
Quadro clínico:
Disfunção respiratória que se inicia logo após o nascimento, com duração de poucas horas a vários dias.
Geralmente ocorre em RNT ou próximo do termo
Taquipnéia (FR > 60rpm), batimentos de asa do nariz, tiragem intercostal (retrações costais), cianose, demora na resolução da estase circulatória periférica.
Obs.: AP é geralmente normal, porém pode apresentar MV diminuído ou haver crepitações.
RX:
Deve ser feito Rx de tórax em todo RN que necessitar de FiO2 >0,3 nas primeiras horas de vida ou que persista com disfunção respiratória após 2h do nascimento.
Achados: Presença de infiltrado peri-hilar, hiperaeracão pulmonar, fissuras interlobares alargadas e/ou líquido pleural.
Obs.: um padrão retículo-granulado em segmentos pulmonares, geralmente nas bases, é frequentemente observado (assim chamados de “taquipnéia hialina” ou “membrana transitória”)
DD:
SDR (pensando mais nos RN pré-termo, mas também nos RNT)