Taise
A folha da empresa, com salários, encargos, benefícios contratuais e programas de capacitação, treinamento e reciclagem de pessoal – essa folha não deve ser tratada como coluna da despesa. Ela deve ser contabilizada na carteira de investimentos, com retorno garantido. Sim, investimento na valorização permanente daquele que, na Nova Economia, passa a ser considerado, sem retórica de banquete, o principal ativo da empresa.
Principal Ativo? Há espaço para uma discussão adicional: o principal ativo é o pessoal ou é o cliente? Michel Porter descarta a dúvida: não há como agregar valor da empresa para o cliente(nem agregar valor do cliente para a empresa) sem o engajamento e a participação do pessoal.
É certo que, na velha economia, paradigma ainda dos anos 80, o capital não se ruborizava em proclamar em relatórios solenes, a seguinte escala de preferência: (1) os acionistas; (2)os fornecedores; (3) os distribuidores; (4)os trabalhadores; (5) os consumidores.
Nesta aurora do século XXI, não mais se questiona o inverso, precisamente da ordem: (1)os consumidores; (2)os trabalhadores; (3)os distribuidores; (4) os fornecedores; (5) os acionistas.
Em primeiro lugar os consumidores ou os trabalhadores? Bem, há quem diga que o poder do mercado se desloca, ruidosamente, de quem produz e vende para quem compra e consome...
Eis que a empresa de consultoria Arthur Andersen apura e depura metodologia exclusiva (Human Capital Appraisal) para afastar nosso vacilo: em primeiro lugar, os trabalhadores. Ou melhor: o engenho humano, traduzido por capital humano – este, sob nova ótica da velha Teoria do Valor.
Nova ótica? Sim a da identificação e classificação dos ativos intangíveis da empresa. Para tanto, a Artur Andersen serviu-se do universo de 10 mil empresas americanas com ações em bolsa, aplicando sobre elas mais de 450 variáveis. Todas com uma série histórica superior a 20 anos.
Descoberta supimpa: de 1978 a 1998, os ativos físicos declinaram de 95% para