Tabagismo: doenças relacionadas e o possível dispêndio financeiro
RESUMO
O presente artigo é uma revisão bibliográfica que discorre sobre o tabagismo. O objetivo dessa revisão é relacionar os custos da saúde com as doenças ocasionadas pelo tabaco. Esse assunto torna-se relevante na medida em que os recursos financeiros não são bem destinados no Brasil e, caso comprovado, se houver qualquer dispêndio, há uma maior ineficácia do sistema. Tal artigo está focado nas doenças provocadas pelas substâncias contidas no tabaco, evidenciando seus custos no sistema de saúde; na epidemia do tabaco a nível mundial; nas políticas antitabagismo e na arrecadação de impostos com sua venda no Brasil; nos aspectos do perfil do fumante brasileiro. Com este estudo, foi possível entender que os gastos em saúde pública nas doenças relacionados ao tabaco são onerosos, no entanto não é crível ratificar que esse fato representa um desperdício financeiro, pois os impostos sobre o cigarro também são significativamente elevados. Então, não é aceitável afirmar que o tabagismo, embora sendo uma epidemia, componha um rombo aos cofres públicos.
Palavras-chave: Tabagismo. Doenças relacionadas. Indústria tabaqueira. Gastos públicos. Políticas antitabagismo.
1 Introdução
Analisar questões referentes ao tabagismo é bastante complicado, pois o tema é demasiadamente amplo, envolvendo aspectos psicossociais, econômicos, jurídicos, culturais e outros. Percebe-se que, na maioria das sociedades mundiais, o tabaco está intimamente conectado a um passado, em que a mídia e as indústrias tabaqueiras vincularam seu consumo com a necessidade de prazer, satisfação, felicidade e bem-estar. Esse vínculo, fortemente estabelecido, ainda se perpetua na sociedade do século XXI; por outro lado, com o avanço das áreas da saúde, constataram-se os malefícios provenientes do uso do tabaco e instituiu-se uma ação contra tal consumo. O governo e os órgãos de saúde, então, atentaram para a necessidade de