Síntese do filme tempos modernos (david sampaio)
Diante do filme Tempos Modernos, evidencia-se a sociedade norte-americana após a crise de 1929, ressaltando deficiências no nível de produção industrial e altos índices de desemprego. As disparidades sociais e a subversão dos trabalhadores por parte de remunerações insípidas e potencial morbífico relativo as condições de trabalho, presentes no Sistema Capitalista, são fundadas através de críticas na produção cinematográfica de Charlie Chaplin. Além disso, a ênfase na maximização do sistema produtivo industrial com base na maximização da capacidade de produção do nível operacional é discutido, tendo em vista a amplificação das contínuas e repetitivas tarefas produtivas ao ponto de inserção nas relações interpessoais e grupais, sendo prejudicial a qualidade de saúde física e psíquica do trabalhador.
A aplicação do sistema de produção em série desenvolve uma perspectiva mecanicista e analítica dos mecanismos necessários para maior produtividade, com menor variabilidade e diferenciação para promoção de padronização em menor escala temporal. A especialização do trabalhador, o excesso de rigidez na produção e a mecanização são questões erigidas por Charlie Chaplin em função da racionalização do ambiente de trabalhado e de que “ podia ser tocado por trabalhadores substituíveis” (Morgan, 1996).
A alienação social resultante de um sistema semi-escravista, baseado na maximização, radicalização e aperfeiçoamento do processo produtivo, subjulgando o trabalhador, condiz com os trabalhos desenvolvidos por Karl Marx. Segundo seu pensamento: “Esta alienação manifesta-se em que o refinamento das necessidades e dos meios de um dos lados provoca no outro lado o embrutecimento bestial, uma total e grosseria simplicidade abstrata da necessidade (...)”. Pode-se considerar a respeito da alienação social o processo da objetificação na medida em que o trabalhado é marginal. Desse modo, o objeto oriundo da produção se alheia ao sujeito criador,