SÍNTESE DA FILOSOFIA HEGELIANA DA HISTÓRIA
SÍNTESE DA FILOSOFIA HEGELIANA DA HISTÓRIA
A história é o lugar da realização do Absoluto como realidade infinita, isto é, o Absoluto livre.
A infinitude do Absoluto (Espírito, Ideia, Razão ) implica:
a) Que não pode haver limites para o Absoluto.
b) Que nada pode existir fora dele porque tudo o que lhe fosse exterior seria um limite e então o Absoluto deixaria de ser Absoluto, entenda-se infinito.
c) Como não pode haver limitação e isso implica que nada pode ser exterior ao Absoluto este é necessariamente a totalidade do real.
A História será a progressiva realização do Absoluto ou do Espírito como realidade livre, infinita, isto é, como realidade que vai ganhando consciência de que tudo o que existe tem a sua marca, é manifestação sua. Esta progressiva realização ou autoconsciência do Absoluto é uma transcendência na imanência: a materialização do Espírito na razão do homem (inicialmente individual, posteriormente coletivo e finalmente absoluto.)
Se o Absoluto assume a condição histórica isso significa que assume formas finitas, temporalmente limitadas, ou seja, torna-se imanente. Contudo, esta ligação ao finito não é uma prisão porque nenhuma forma finita, dada a sua limitação, pode ser definitivamente o Absoluto: manifesta-o de uma forma provisória.
O Absoluto será na sua longa encarnação histórica, um devir dialético, isto é um processo de constante negação e ultrapassagem das suas figuras finitas. Um movimento de autoconhecimento, realizado em etapas. Estas serão suprimidas e ao mesmo tempo conservadas (Este processo de negar e ao mesmo tempo conservar tem o nome de superação - AUFHEBUNG) a) São suprimidas porque nenhuma figura finita pode existir por si própria, não tem autonomia ontológica. Suprimir significa, portanto, negar que as realidades finitas possam subsistir em si mesmas e afirmar que elas só existem como manifestação temporária, limitada, do Absoluto.
b) São conservadas porque