Síntese compreensiva do texto:
Situada na passagem do século XIX para o XX, numa sociedade onde o movimento nazista estava crescendo, Edith Stein, judia, mulher, é mesmo filha de seu tempo e não foge à luta, defendendo em suas investigações filosóficas a liberdade do homem como algo inerente à sua ontologia e a necessidade da abertura ao outro, já que a intersubjetividade é fundamento para a vida humana.
O primeiro conceito que deve ser analisado no pensamento de Edith Stein é que o ser humano é ser unitário, portanto, a compreensão de sua filosofia pressupõe a ruptura de qualquer forma de dualismo. Assim, não se trata de uma alma que habita em um corpo, mas de uma estrutura unitária constituída de alma-corpo-espírito, levando a concluir que só se pode dizer de cada uma dessas dimensões a partir da consciência dessa unidade constitutiva.
Os três elementos constitutivos é que definem a natureza do ser humano: ser pessoa espiritual e ser formado espiritualmente. Essa é a essência do ser humano, ser espiritual e ser orgânico-material-psíquico diferente de todos os outros seres, e por isso dito como parte de um gênero particular.
Partindo dessa descrição sobre a unidade do ser humano Edith Stein fala de cada uma de suas dimensões. O corpo é o ponto de partida para a investigação filosófica do ser humano, ele é uma experiência viva que se materializa diante dos olhos. O ser humano é presença subjetiva e contempla o corpo como fundamento de tudo o que nele é vida, sua animicidade e espiritualidade. Dessa maneira, o ser corpo não está apenas reduzido ao instinto ou às reações sensoriais, mas é identidade que se experimenta de forma profundamente espiritual.
O ser humano não é apenas um ser vivo mas é também um ser sensível, sendo assim apresentado por Stein