Síndrome de Burnout
Introdução / Apresentação Inicial
Jeca Tatu era considerado pelos vizinhos de roça como um preguiçoso, este sentimento que todos nós possuímos, nele era crônico. Até que se descobriu que o problema de fato, era uma verminose que lhe roubava a energia necessária para o trabalho.
A literatura de Monteiro Lobato estava, e muito, próxima da vida.
A história da ciência está repleta em substituir julgamentos morais feitos pelo senso comum por causas identificadas como problemas de saúde física ou psíquica:
_ as histéricas, na idade média, queimadas como bruxas, até que se diagnosticasse que estavam ‘doente dos nervos’;
_ o alcoolismo considerado ‘falta de vergonha na cara’ até que se apontasse a dependência químico-psicológica da droga.
A lista é interminável e infinita, mais e mais caminhamos no sentido de descobrir razões objetivas para síndromes e sintomas antes considerados como deformações pessoais de caráter.
História
O tratamento destas questões em nível científico demorou. Apenas na década de 70 é que começaram a ser, construídos modelos teóricos e instrumentos capazes de registrar e compreender este sentimento crônico de desânimo, de apatia, de despersonalização.
Um passeio pelas diversas teorias psicológicas, diversas épocas, na etiologia das neuroses, da depressão, da ansiedade, enfim, um velho e ao mesmo tempo atual problema, ainda latente:
_ por que as pessoas desistem? Por que fracassam? Como e quando fogem quando não há razão aparente? Falta de motivação, desamparo, desesperança, passividade, alienação, depressão, fadiga, stress e agora Burnout.
A teoria do Burnout também não surge por acaso, como tantas outras teorias; teoria que se dispõe a compreender as contradições da área de prestação de serviços, exatamente quando a produção do setor primário descamba e o setor terciário vem tomar seu lugar. A teoria do ser humano solitário, na época em que parece se esvanecer a solidariedade; a ênfase na