SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL
5934 palavras
24 páginas
Resumo: A Síndrome da Alienação Parental trata-se de um distúrbio que surge no contexto de disputa de guarda da criança, tendo como principal característica a campanha difamatória contra um dos genitores por parte da criança. Esse fenômeno resulta de uma espécie de “lavagem cerebral” de um dos genitores e das próprias contribuições da criança dirigidas à difamação do progenitor objetivo dessa campanha. Diante disso, surge a pergunta problema que norteia o presente artigo: quais as consequências e prejuízos psicológicos para a criança envolvida nesse processo? O objetivo deste trabalho resume-se a discutir o impacto da Síndrome da Alienação Parental nas relações familiares e catalogar as possíveis conseqüências da sua instalação no desenvolvimento da criança. O método utilizado é a pesquisa de cunho bibliográfico, qualitativo, de caráter exploratório. A hipótese é que a criança envolvida no processo de alienação parental, do nível mais leve ao severo, sofreria prejuízos na esfera psicossocial, apresentando dificuldades escolares e de socialização, dentre outros aspectos. A relevância dessa discussão consiste em despertar o interesse da área psicológica e psiquiátrica para a eclosão desse problema, ainda pouco discutido por essas esferas.
Palavras-chave: Síndrome da Alienação Parental, Desenvolvimento Infantil, Separação Conjugal.
1. Introdução
A alienação parental é um fenômeno comum em processos de separação conjugal que envolve disputas relacionadas à guarda dos filhos, tendo como principal característica uma espécie de “lavagem cerebral” realizada na criança por um de seus genitores contra o outro genitor – o genitor alienado.
O termo “Síndrome da Alienação Parental” foi discutido pela primeira vez por Richard Gardner, em meados da década de 1980. Junto ao conceito, Gardner estabeleceu uma série de sintomas e comportamentos característicos e observáveis da síndrome, na intenção de facilitar a sua identificação.
Em sua primeira conceituação, a