sustentabilidade
Para Arroyo e Schuch (2006) sustentabilidade, em uma visão mais restrita, é tratada pelos países considerados ricos como se fosse um adjetivo do padrão atual de desenvolvimento, portanto, a busca pela sustentabilidade visaria apenas poupar os recursos naturais, melhorando o desempenho da economia, o que seria suficiente para gerar mais bem-estar social. Assim, o problema não estaria no modo de produção, mas apenas no desafio de não ultrapassar a capacidade de carga da natureza, quase restrito a um problema de ordem exclusivamente tecnológica.
O meio ambiente vira um bem econômico, uma mercadoria que pode ser comprada e vendida, à qual podemos dar um preço e o termo capital natural ganha força. A lógica da ecologia passa a fazer parte da lógica do mercado, e, de fato, tem sido uma estratégia para estabelecer o dialogo com setores importantes como o das empresas em torno da preservação. Daí decorre o desenvolvimento de setores acadêmicos como a contabilidade ecológica, que conclui que apenas dando um valor financeiro para os produtos não-madeireiros da floresta é que se poderá mantê-la em pé.
A sustentabilidade seria um instrumento do mercado que visa apenas poupar os recursos naturais, sem considerar os aspectos relacionados com a propriedade desses recursos. O debate ambiental reduz-se, nesse contexto, ao econômico, esvaziando-se de seu conteúdo social e ético.
Todavia, para uma visão mais ampla, a sustentabilidade seria um vetor que aponta para o esgotamento do estilo de desenvolvimento praticado até o momento, baseado na noção de progresso infinito e linear e na separação ente homem e natureza.
A crise e ambiental seria resultado do padrão de acumulação capitalista e do modo como natureza é usada. Por depredar o meio ambiente, promover a desigualdade política, social e econômica e desprezar as culturas locais, o atual modo de produção seria intrinsecamente insustentável.
Segundo Arroyo e schuch (2006), esta nova visão defende que